“Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu Deus pede de
ti, senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o
ames, e sirvas ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua
alma.” (Deuteronômio 10:12)
Em João capítulo 6, lemos sobre quando Jesus alimentou cinco
mil pessoas. A multidão ficou tão entusiasmada com a demonstração de poder por
parte do Mestre que quis coroá-lo rei ali mesmo (João 6:14). Todavia, o Senhor
saiu de fininho. A possibilidade de se tornar um astro não o seduziu.
Mais tarde, a
multidão o encontrou de novo. Jesus os acusou de o seguirem apenas pela comida
e lhes disse que Ele mesmo era o pão da vida. Eles tentaram de todas as formas
convencê-lo a lhes proporcionar o que queriam, mas o Senhor recusou com
firmeza. Por isso, a enorme multidão voltou-lhe as costas e o deixou. Somente
permaneceram os discípulos fiéis.
Há lições importantes nesse acontecimento e é sobre elas que
eu gostaria de conversar com você nesse momento.
Nem sempre Jesus nos
dá o que queremos
O povo queria comida;
Jesus ofereceu a si mesmo. Deus não precisa suprir as vontades humanas para
“comprar” nossa devoção. Às vezes nos irritamos por querer um Cristo que se
adapte a nós. Mas devemos estar dispostos a nos adaptar à Sua vontade. Cabe-nos
servi-lo e não Ele a nós.
Jesus recusou-se a
atrair a multidão pela comida
Mesmo hoje, muitas
igrejas tentam atrair as pessoas com atrativos espirituais, materiais e
carnais. Oferecem prosperidade financeira, cura de suas doenças, poder e
prestígio, bens materiais, libertações, etc., como meio de cooptar as pessoas
para o “evangelho(?)”.
Jesus não teria tomado parte disso e jamais aprovaria tal
“estratégia” oportunista. Ele atraía as pessoas por Ele mesmo e por Suas
Palavras, não com comida, bens, curas ou milagres. O cerne de Sua mensagem
consistia (e ainda consiste) em aceita-lo pelo que Ele é e por Sua obra de amor
a nosso favor, e não pelo que podemos “ganhar” em troca. Não existem barganhas
no verdadeiro Evangelho e a verdadeira Igreja de Jesus conhece essa verdade.
Seguir a Jesus nem sempre é muito popular
Um dia os doze eram os melhores amigos do homem mais popular
do país; no outro, estavam ao lado de alguém que tinha sido abandonado por
todos. Deve ter sido difícil para os discípulos manter sua lealdade quando
todas as outras pessoas estavam abandonando a Jesus. Somos nós também fiéis a
Jesus quando Ele não está muito na moda?
É evidente que a
proposta do “evangelho industrializado” aponta para uma fé que contemple os
interesses humanos. Todavia, a presença da sombra indica a existência da luz,
assim como a operação do erro não invalida a pureza da verdade.
E a verdade é:
sirvamos a Deus de todo coração, desprovidos de interesses humanos e materiais,
distantes dos balcões de negócio que falsamente asseguram “bênçãos” em troca de
sacrifícios financeiros.
Há de fato uma
riqueza em você que muito interessa a Cristo Jesus – o seu coração!
Reinaldo Ribeiro
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