sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Quando Não Há Mais Esperança


“Tendo-se acabado a água do odre, colocou ela o menino debaixo de um dos arbustos... e sentando-se em frente dele, levantou a voz e chorou. Deus, porém ouviu a voz do menino.” (Gn 21.15-17)

Agar e seu filho Ismael foram rejeitados pela família de Abraão. Vagavam agora pelo deserto quente e árido. A água do odre chegara ao fim. A situação era desesperadora, e em meio à angústia eles choraram. Não fica claro se choraram a Deus, mas, podemos ler nitidamente, que quando o clamor de desespero do rapaz beirava a morte por causa da sede, Deus o ouviu (Deus, porém, ouviu a voz do menino v17). Os ouvidos do Senhor estavam atentos ao choro do menino e na sua necessidade mostrou a Agar o lugar onde poderiam saciar a sede (Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água – v.19).

O mundo hoje pode ser comparado a um deserto, onde uma infinidade de homens, mulheres e crianças vagueiam com seus odres vazios. O suprimento de água chegou ao fim. A força e a coragem de lutar pela vida se esvaíram; se vêem num beco sem saída e a esperança de encontrar uma fonte de água não existe mais. Nada mais tem propósito.

Todavia, aleluia! Deus deixou essa historia registrada para mostrar que Ele ouve e vê todas aqueles que foram deixados “debaixo dos arbustos”, desencantados com a vida, sem ânimo para enfrentá-la. O Senhor deseja a todos quanto busquem o Seu socorro e reconheçam seu estado à Luz da Sua Pessoa, que Ele é poderoso para abrir-lhes os olhos e mostrar-lhes o caminho da salvação. O caminho que os levará, não apenas, a uma vida plena e com sentido, mas a uma vida conduzida pelas mãos e em comunhão com Jesus Cristo.

A história de Agar e Ismael é uma perfeita ilustração do profundo cuidado de Deus por todos aqueles que têm sido rejeitados e descartados. É uma maravilhosa lição onde aprendemos que quando estamos cansados, sobrecarregados e sem nenhuma esperança, atravessando os nossos desertos, O Deus do Impossível chegará, nos fará companhia e saciará a sede do nosso coração.

Valdenice Freitas

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