Os postos de vacinação de todo o país estarão abertos neste sábado (13) para o Dia “D” de mobilização contra a gripe. Até o dia 26 de maio deverão ser vacinadas, em todo o Brasil, 54,2 milhões de pessoas que integram o público-alvo. O dia de mobilização é uma parceria do Ministério da Saúde com as secretarias estaduais e municipais de saúde e tem como objetivo reforçar a importância da vacinação, deste grupo prioritário, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em todo o país, a campanha conta com uma estrutura formada por cerca de 36 mil salas de vacinação e com a participação de aproximadamente 240 mil pessoas. Além disso, serão utilizados mais de 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais, que possibilitarão a vacinação em populações que vivem em áreas de difícil acesso, como as ribeirinhas e os povos indígenas.
“Hoje, o Brasil é o país que mais oferta vacina de influenza. Estamos adquirindo 60 milhões de doses para vacinar 54,2 milhões de brasileiros. A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita”, ressaltou o ministro Ricardo Barros. Ele lembrou que ela é totalmente segura e pode evitar as complicações geradas pelos principais subtipos de influenza que circulam atualmente. “É fundamental que a população-alvo aproveite a oportunidade do Dia “D” para procurar as salas de vacinação e se proteger antes da chegada do período de maior circulação dos vírus”, afirmou o ministro.
A meta, neste ano, é vacinar 90% desse público até o dia 26 de maio, quando termina a campanha. A vacina protege contra os três subtipos do vírus recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, ressaltou que a vacina demora, pelo menos, 15 dias para fazer efeito, por isso a importância de se vacinar o quanto antes para não ter contato com o vírus.
BALANÇO - Até o momento, 18,4 milhões de brasileiros procuraram os postos de saúde em todo o país. O número representa 36% do público-alvo, formado por 54,2 milhões de pessoas. Os estados com a maior cobertura vacinado do país, até o momento, são: Paraná (57,6%), Rio Grande do Sul (56,1%), Santa Catarina (53,2%) e Amapá (48,7%) Já os estados com menor cobertura são: Pará (16,4%), Roraima (17,6%), Piauí (20%), Mato Grosso (23,2%), Rio de Janeiro (24%) e Amazonas (24%).
Entre a população prioritária, os idosos registraram a maior cobertura vacinal, com 9,1 milhões de doses aplicadas, o que representa 43,8% deste público, seguindo pelas puérperas (42,3%) e trabalhadores de saúde (41,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os indígenas (18,7%), crianças (26,6%), professores (25,7%) e gestantes (32%). Entre as regiões do país, o Sul apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 48,5%, seguida pelas regiões Sudeste (28,3%); Centro-Oeste (23,2%); Nordeste (19,5%) e Norte (16%).
Desde o dia 17 de abril, a vacina contra a gripe está disponível nos postos de vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além dos professores que são a novidade deste ano.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
PREVENÇÃO - A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
CASOS - O último boletim de influenza do Ministério da Saúde aponta que, até 6 de maio, foram registrados 605 casos de influenza em todo o país. Do total, 30 foram por gripe A H1N1, sendo que oito evoluíram para óbito por H1N1. Em relação ao vírus Influenza A (H3N2), foram registrados 398 casos e 52 mortes. Houve ainda 111 casos e 30 óbitos por influenza B. Os outros 66 casos e 9 óbitos foram por influenza A não subtipada.
Em todo o ano passado, o Ministério da Saúde registrou 12.174 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 10.625 foram por influenza A (H1N1), sendo 1.987 óbitos. Em relação ao vírus Influenza A (H3N2), foram notificados 49 casos e 10 mortes em 2016.
O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Estado
|
Vacinação contra a gripe –
até 12 de maio
|
População prioritária
|
Doses aplicadas
|
Cobertura vacinal (%)
|
RO
|
302.412
|
80.319
|
24,81
|
AC
|
170.024
|
60.410
|
31,96
|
AM
|
869.062
|
223.543
|
24,01
|
RR
|
150.116
|
29.236
|
17,61
|
PA
|
1.491.529
|
263.070
|
16,41
|
AP
|
139.546
|
75.313
|
48,68
|
TO
|
292.131
|
91.915
|
28,84
|
NORTE
|
3.414.820
|
823.806
|
22,35
|
MA
|
1.390.900
|
391.525
|
25,87
|
PI
|
645.402
|
139.599
|
19,95
|
CE
|
1.776.416
|
517.806
|
27,38
|
RN
|
669.091
|
219.521
|
30,51
|
PB
|
853.196
|
259.303
|
28,05
|
PE
|
1.887.670
|
572.524
|
28,62
|
AL
|
636.571
|
197.288
|
28,82
|
SE
|
408.849
|
140.064
|
31,92
|
BA
|
2.900.022
|
901.846
|
29,27
|
NORDESTE
|
11.168.117
|
3.339.476
|
27,94
|
MG
|
4.118.983
|
1.774.060
|
39,99
|
ES
|
722.718
|
324.501
|
40,55
|
RJ
|
3.643.069
|
917.388
|
23,95
|
SP
|
8.999.513
|
3.993.693
|
41,26
|
SUDESTE
|
17.484.283
|
7.009.642
|
37,39
|
PR
|
2.242.191
|
1.372.521
|
57,57
|
SC
|
1.267.596
|
729.044
|
53,17
|
RS
|
2.517.391
|
1.495.792
|
56,12
|
SUL
|
6.027.178
|
3.597.357
|
56,03
|
MS
|
582.399
|
163.694
|
25,75
|
MT
|
623.834
|
157.411
|
23,20
|
GO
|
1.219.467
|
565.378
|
43,45
|
DF
|
498.646
|
151.045
|
27,37
|
CENTRO-OESTE
|
2.924.346
|
1.037.528
|
32,76
|
TOTAL
|
41.018.744
|
15.807.809
|
35,95
|