Até 19 de março, país já tinha registrado 305 casos e 46 mortes por H1N1.
Além da antecipação da temporada de gripe observada este ano no Brasil, outro fenômeno tem chamado a atenção de especialistas: a grande proporção de casos graves e mortes em adultos. Em geral, complicações costumam ser mais comuns em idosos, gestantes, crianças pequenas e outros grupos de risco.
Segundo a pediatra Lucia Bricks, diretora médica de Influenza na América Latina da Sanofi Pasteur, mais da metade dos casos graves e mortes registradas este ano foram na faixa etária de 40 a 60 anos. O assunto foi discutido no Simpósio Internacional de Atualização em Influenza em São Paulo nesta quinta-feira (31). “Dos casos graves de influenza, muitos são de H1N1 e sabemos que eles estão atingindo uma população que costuma ficar mais isenta, a de adultos na faixa etária entre 40 e 60 anos”, disse a médica.
Até 19 de março, país já tinha registrado 305 casos e 46 mortes por H1N1, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
No estado de São Paulo cerca de 60% da circulação corresponde ao vírus Influenza A/H1N1 e 40% aos vírus Influenza B. “Tem muito vírus B circulando, mas os casos de mais gravidade neste momento têm sido associados ao H1N1”, afirmou Lúcia.
Prevenção
Uma das medidas preventivas contra a gripe é a vacinação. Na rede pública, a camanha de vacinação contra influenza deve começar no dia 30 de abril até 20 de maio e é destinada a alguns grupos prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade.
Alguns estados, como São Paulo, podem antecipar a vacinação pelo SUS devido ao aumento precoce de casos da infecção. Lavar as mãos com frequência, evitar o contato próximo com pessoas que estejam manifestando os sintomas e deixar os ambientes bem ventilados também são medidas de prevenção importantes.
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