As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque
as suas misericórdias não têm fim;( Lamentações 3:22)
Conta-se que uma
velha história de um homem muito rico que possuía muitos bens, uma grande
fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço.
Tinha ele um único
filho, um único herdeiro, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem
de compromissos. O que ele mais gostava era de festas, estar com seus amigos e
de ser bajulado por eles.
Seu pai sempre o
advertia que seus amigos só estariam ao seu lado enquanto ele tivesse o que
lhes oferecer, depois o abandonariam. Os insistentes conselhos do pai
retiniam-lhes nos ouvidos e ele logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção.
Um dia, o velho
pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um
pequeno celeiro e, dentro do celeiro, ele mesmo fez uma forca e, junto a ela um
placa com os dizeres: "Para você nunca mais desprezar as palavras de seu
pai".
Mais tarde, chamou
o filho, levou-o até o celeiro e disse: "Meu filho, eu já estou velho e,
quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu, mas sei qual será o
seu futuro. Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo
dinheiro com seus amigos, poderá vender os animais e os bens para sustentar-se
e, quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão afastar-se de você. E,
quando você não tiver mais nada, vai arrepender-se amargamente de não ter-me
dado ouvidos. É por isso que eu construí esta forca: sim, ela é para você e
quero que você me prometa que, se acontecer o que eu disse, você se enforcará
nela".
O jovem riu, achou
absurdo, mas para não contrariar o pai, prometeu e pensou que jamais isso
poderia ocorrer.
O tempo passou, o
pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim com se havia previsto, o
jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido
um tolo. Lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer: "Ah, meu pai, se eu
tivesse ouvido os seus conselhos! Mas agora é tarde, é tarde demais".
Pesaroso, o jovem
levantou os olhos e avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que lhe
restava. A passos lentos, dirigiu-se até lá e viu a forca e a placa empoeirada,
e disse: "Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando
estava vivo, mas, pelo menos desta vez, vou fazer a vontade dele, vou cumprir
minha promessa, não resta mais nada".
Subiu os degraus e
colocou a corda no pescoço e disse: "Ah se eu tivesse uma nova
chance..". Então pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta
, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, o rapaz caiu no chão, e
sobre ele caíram diamantes; a forca estava cheia de pedras preciosas e um
bilhete que dizia: "Esta é sua nova chance, eu te amo muito. Seu
pai".
Vivemos a véspera do dia dos pais, ao pensar sobre isso
me lembrei dessa velha história, certamente essa é a história de muitos pais, talvez
não com a mesma proporção e intensidade, mas, muitos pais tem dado aos seus
filhos uma segunda chance e as vezes até mais.
Todavia hoje eu gostaria de refletir sobre o nosso pai
celestial, quantas chances ele nos tem dado e a pergunta que fazemos é: Temos
aproveitado as nossas novas chances? Como temos agido, quando recebemos uma
nova chance de Deus?
Não sei como aquele jovem agiu na sua segunda chance,
mas, gostaria que você refletisse como você tem agido diante das chances que
Deus tem te dado todos os dias!
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